O nosso Hub Criativo é constituído por várias empresas dedicadas a artes, inovação e empreendedorismo.
No passado dia 5 de agosto, em conversa com Marta Onofre (arquiteta do Laboratório Mediterrâneo), ficámos a conhecer um pouco melhor o trabalho dos nossos residentes Laboratório Mediterrâneo, Lioz e Filamento.
Como surgiu a ideia de procurarem um espaço conjunto? É reflexo de parceria profissional (apresentação de propostas aos clientes) ou meramente de conveniência?
Somos todos arquitetos que nos conhecemos em diferentes cidades do mundo. Trabalhámos em Berlim, Londres e São Paulo e, por uma feliz coincidência, reencontrámo-nos aqui em Lisboa. Depois de um ano de pandemia e teletrabalho, os três escritórios procuravam um novo atelier no centro da cidade.
Agradou-nos a ideia de criar um espaço de trabalho coletivo com equipas da mesma área profissional, unindo esforços, espaços, bibliotecas e experiências. A proximidade cria sinergias e muito rapidamente começámos a colaborar e a partilhar projectos.
Qual é a especialização de cada um dos gabinetes de arquitetura? Porque reparo que o Lioz trabalha mais com habitação, o Laboratório Mediterrâneo com edifícios públicos e o Filamento com iluminação.
Filamento é uma consultora de iluminação que trabalha com equipas internacionais de arquitetos, engenheiros, designers e artistas. Desenham ambientes e soluções adequadas a cada projeto, respondendo aos mais variados desafios conceptuais ou técnicos.
O Laboratório Mediterrâneo e os Lioz são dois ateliers de arquitetura que trabalham várias escalas de projectos, desde a doméstica à urbana, e com encomenda pública e privada.
O que nos entusiasma, enquanto arquitetos, é justamente trabalharmos constantemente em diferentes programas e geografias.
Como é que o facto de estarem inseridos num Hub Criativo pode ser gerador de oportunidades de negócio?
O Bairro Alto foi até ao início do século um verdadeiro “Hub” Criativo e Cultural. Após um acelerado processo de gentrificação, o edifício da Interpress tornou-se um dos últimos redutos dessa tradição. Sendo um espaço partilhado por diversos artistas e empresas criativas, o cruzamento de todas estas pessoas é inspirador.
Gostamos de dividir o nosso andar com a Irmã Lúcia, uma produtora de efeitos especiais, e sermos os “vizinhos de cima” da Oficina Marques e do Teatro do Bairro.
A proximidade entre equipas é naturalmente geradora de oportunidades de colaboração e de negócios. Aconteceu recentemente com o atelier de arquitectura paisagista GETOUT, residente no 3º piso.
Estamos a comemorar o primeiro aniversário no Hub Criativo do Bairro Alto, e queremos aproveitá-lo para iniciarmos um ciclo mensal de conversas de Arquitectura.
[Imagem de destaque: Projeto W46, Arquitetura: Lioz, Fotografia: Francisco Nogueira]
Para mais informações, visite Lioz, Filamento e Laboratório Mediterrâneo.